Aproximam-se as festas, desta feita as mais doces batatas e laranjinhas, juntando prendinhas para os autarcas de Portimão no lume do caldeirão. As forças opositoras laranja começaram a deitar os foguetes ao ar, mesmo uns dias antes da entrada do ano novo e das campanhas para as eleições de 2009 .
Já na guerra dos piropos políticos e das palavras, das sentenças acusatórias e dos conluios de ocasião após se conhecerem as contas do município, as perguntas fizeram-se ouvir, alto e bom som para quem gosta destas coisas das vaidades, show off e escândalos públicos; coisas estranhas voltam agora ao conhecimento do munícipe e cidadão portimonense, a seguir às conivências pouco claras e nunca esclarecidas, quando no calor do verão já se badalavam os apoios e relações do triângulo dourado entre o município de Portimão, a Expo Arade e o Sasha.
Eis que o caldeirão se aquece com as questões do mais simples bom senso e de proveito suspeito para o bem público: a partir da praça pública se colocam perguntas sobre os gastos do município e evidenciando claramente o desafio aos critérios dos gastos públicos, a saber:
Sabia que a Câmara Municipal de Portimão gasta anualmente em Publicidade e Propaganda cerca de Um Milhão de Euros?
Sabia que as despesas com Restaurantes se gastaram até Novembro do ano corrente 439.369,10 €?
Sabia que em rendas e alugueres se gastam anualmente cerca de 800 Mil Euros?
Sabia que em alojamentos em hotéis se gastaram até Novembro deste ano o valor de 243.949,28 €?
E que dizer dos apoios ao Autódromo Internacional de Portimão, quanto foi enterrado ali pelo Município? Ou pela Expo Arade?
E que dizer do Pavilhão Arade, inaugurado com pompa e circunstância em Julho do ano transacto, onde foram gastos milhões e se encontra às moscas e sem qualquer rentabilidade?
Pertinentes, estas e outras questões são relevantes para a vida de uma cidade e de um concelho com um desenvolvimento integrado e sustentado muito questionável, com a máquina pública a responder lenta e despreocupadamente às situações de calamidade pública e em termos de realidade social, os milhões previstos para gastos públicos anunciados pelo Sr. Manuel da Luz para a próximo quadriénio no poleiro parecem pombas a sair do chapéu do mágico da cartola, sem se perceber o que daí advém para alterar significativa e qualitativamente a vida do cidadão portimonense que não pudesse já ter sido feito.
Numa razão do custo benefício, o que resultou daqui para melhor e maior consistência da vida do cidadão portimonense e do concelho de Portimão?
Talvez mais do mesmo, o baile dos coça para dentro do grupinho do poder e a precisar de um abanão de um grupo de cidadãos activos, que não se compadece com promessas e pacotes de bolhas de sabão sem qualquer orientação para bem das pessoas.
Nesse sentido, mais até do que colocar-se numa perspectiva do bota abaixo puro e duro, seria importante para o cidadão comum conhecer as propostas dos diversos partidos e os projectos para o concelho e a cidade, bem como apontar caminhos de solidariedade e desenvolvimento a olhar para as pessoas que aqui vivem e trabalham, a par daqueles que bem recebemos todos os anos e nos aportam mais valias económicas e financeiras.
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